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Ceped e Banco Mundial lançam livro sobre gestão de risco de desastres

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por publicado: 12/02/2015 17h44 última modificação: 05/07/2022 08h25
Exibir carrossel de imagens Livro foi lançado durante inauguração do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd)

Livro foi lançado durante inauguração do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd)

Dados inéditos sobre o real impacto do evento denominado “Águas de Março” – que afetou os municípios de Paranaguá, Guaratuba, Morretes e Antonina em 2011 – estão disponíveis no livro “Construindo um estado resiliente: o modelo paranaense para gestão a gestão de riscos e desastres”. O livro foi lançado durante a inauguração do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd).

 

O relatório que aponta os prejuízos sofridos pelo estado é um dos capítulos do livro. A obra ainda traz as medidas adotadas pelo Paraná consideradas referência na área de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, a partir do aprendizado imposto pelo desastre conhecido como “Águas de Março” e, também, após o desenvolvimento do projeto denominado Fortalecimento para a Gestão de Riscos de Desastres, realizado em parceria com o Banco Mundial.

Segundo a metodologia DaLA (Damage and Loss Assessment) o prejuízo gerado ao estado em diversas âmbitos setoriais foi 135% mais alto que o constatado após o evento. Em 2011 acreditava-se que o desastre havia gerado R$ 89 milhões em perdas e danos; com a metodologia DaLA, realizada em 2016, apontou-se que o real valor foi de R$ 210 milhões.

Além de apontar a pesquisa sobre os danos multissetoriais nas esferas social, econômica, meio ambiente e turismo, o estudo também mensura o impacto do evento ao setor público e privado. Neste último, verificou-se que o prejuízo foi de R$ 131 milhões, correspondendo a 62% do total. Em contrapartida, os danos ao setor público foram de R$ 79 milhões.

O material, inédito no país, foi organizado pelo Capitão e Diretor do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPED/PR), Eduardo Gomes Pinheiro, em conjunto com o especialista em Gestão de Riscos de Desastres do Banco Mundial, Frederico Pedroso, numa parceria entre as instituições com o apoio da Casa Militar, Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e da sua fundação de apoio Funespar. O livro foi escrito por representantes de várias instituições envolvidas com a gestão de risco de desastres.

Durante o evento de lançamento do livro, o governador Beto Richa destacou a importância do material. “Este livro é um exemplo de eficiência em uma área importantíssima que o Paraná dá ao Brasil, porque temos visto com mais frequência e intensidade os fenômenos climáticos colocando em risco a vida de pessoas em todo o país. Então nada melhor que nos prepararmos para enfrentar esses eventos”, disse.

O modelo paranaense para a gestão de risco de desastres serve como um referencial de resiliência para que outras estados e cidades, que se interessarem pelo projeto de reestruturação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil para a contenção e minimização de riscos, possam se espelhar. Representando o Ministério da Integração Nacional, o diretor Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Élcio Alves Barbosa, explica que “este é um trabalho que pode ser utilizado como referência para outros estados brasileiros visto que o material agrega medidas de prevenção, acompanhamento e intervenção em áreas de risco”.

Parceria
O projeto Fortalecimento da Gestão de Risco de Desastre (FGRG), do Banco Mundial, em parceria com o Estado do Paraná viabilizou a produção deste livrou com apoio e recursos técnicos. O banco foi responsável pela captação de recursos e diagramação editorial.

Águas de Março
Na primeira gestão do governo de Beto Richa, o litoral paranaense foi atingido por um desastre causando imensos danos e perdas à população afetada. As chuvas intensas comprometeram gravemente a infraestrutura local: destruição de pontes e redes de abastecimento de energia, água e esgoto. Tal situação culminou em um isolamento total da região do restante do Estado. Uma força tarefa foi instituída para recuperar e minimizar os dados causados pelo desastre.

O evento evidenciou a fragilidade de vários aspectos que necessitavam de aperfeiçoamento e a partir de então foi desenhando um projeto de reestruturação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil (SEPDEC) que garantisse uma maior resiliência das cidades paranaenses.

CEPED/PR
O Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres é um órgão do SEPDEC com caráter universitário atuante na captação e desenvolvimento de projetos para a redução de riscos e desastres no Paraná.

Conforme o Decreto Estadual nº 9.557, de 6 de dezembro de 2013, o CEPED/PR é vinculado a Unespar e à Casa Militar. Sua atuação difere dos modelos internos aplicados em universidades, uma vez que este não é restrito a um departamento ou instituição. Além disso, o CEPED/PR é responsável pela gestão da REDESASTRE e possui parceria e reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU).

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