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Estudante da Unespar é finalista do 3º Concurso de Redação da CGE
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A estudante do curso Letras/Inglês, do campus de Paranavaí, Janaína de Assis da Silva, foi finalista do 3º Concurso de Redação da Controladoria Geral do Estado (CGE). Discentes de todas as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) participaram e, ao final, cada IEES teve um representante.
A proposta era escrever um texto sob o tema ‘Educação fiscal e o controle social: a melhoria da gestão pública através do empreendedorismo cidadão’. Janaína procurou abordar o assunto de forma simples e clara, para que todos pudessem entender. “Para mim, falar de controle social sempre pareceu um bicho de sete cabeças, então foi nisso que pensei ao escrever, em trazer de forma clara pra quem fosse ler, a importância disso, os meios que podemos não só fiscalizar mas também fortalecer essa máquina-estado que estamos inseridos e, claro, como aplicar isso a formação do Programa de Formação de Estudante Empreendedor (PFEE). Como cidadão-ativo e como cidadão-empreendedor”.
Esse não foi o primeiro concurso que Janaína participou, quando tinha 12 anos se inscreveu no Agrinho. “Na época minha redação foi selecionada, eu viajei pela primeira vez e ganhei a primeira bicicleta. Entendi que o estudo poderia me abrir portas. Nesta mesma época decidi que eu queria dar aula”, narra a estudante.
Para Janaína, participar deste concurso da CGE foi mais uma oportunidade de reconhecimento. “O convite surgiu por meio PFEE. Quando vi, logo percebi ser uma ótima oportunidade assim como foi lá atrás”, expressa.
Como parte da premiação, Janaína recebeu um tablet da Samsung. O primeiro lugar recebeu um Macbook; o segundo, um iPhone; e o terceiro, um iPad. Em ordem, o pódio ficou com a seguinte configuração: Vardelei dos Santos de Lima Júnior, da Unioeste; Maria Eduarda Tonani Rocha, da Uenp; e Amanda Los Lara, da UEPG.
Confira abaixo a redação que premiou Janaína:
“A relação entre sociedade e Estado é frequentemente marcada por desconfiança. Para reverter esse cenário e construir uma nova percepção, é necessário um agente transformador: o cidadão empreendedor. Ao abrir seu negócio, movido por um propósito que vai além do lucro, ele pode se valer da educação fiscal e do controle social para fomentar uma sociedade mais ética e um Estado mais eficaz.
Essa transformação começa quando o empreendedor compreende o ciclo dos tributos. Ao saber de onde vêm e para onde vão seus impostos – investidos em infraestrutura, saúde e educação –, ele percebe que esse retorno sustenta a mesma sociedade da qual seu empreendimento depende. Surge, assim, uma relação simbiótica: onde um floresce, o outro também cresce. Gestos práticos, como a solicitação do CPF na nota fiscal, deixam de ser uma mera formalidade e tornam-se um ato de cidadania, fortalecendo a fiscalização e a transparência.
Para que essa simbiose se complete, no entanto, é imprescindível o controle social. Ferramentas como a Lei de Acesso à Informação permitem que qualquer cidadão, inclusive o empreendedor, acompanhe licitações e gastos públicos. Na condição de protagonista econômico, ele pode utilizar esse conhecimento não apenas para cobrar eficiência, mas também para compreender as necessidades do Estado e oferecer soluções inovadoras que atendam à demanda pública.
O fundamento de todo esse ciclo é a educação. É necessário fomentar a educação fiscal e promover campanhas de conscientização desde cedo, especialmente nas escolas. Essa é a chave para formar gerações inteiras de cidadãos empreendedores, garantindo a perpetuação de uma mentalidade que, para além da fiscalização, os torne agentes ativos no fortalecimento de um Estado mais transparente e eficaz para todos.”




