Nos dias 12 e 13 de abril, Curitiba recebeu a 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente. O evento reuniu a sociedade civil, setor produtivo e o poder público para debater sobre políticas ambientais e climáticas, a partir do tema ‘Emergência Climática’. O mestrando Rafael Décio Souza, do Programa de Pós-graduação em Ambientes Litorâneos e Insulares (Pali), da Unespar, foi escolhido para representar o litoral do Paraná no encontro.

Rafael participou do eixo Transformação Ecológica, um dos cinco trabalhados nesses dois dias. “Esse segmento buscou discutir proposições que fomentassem novas alternativas econômicas, mais sustentáveis, alternativas até mesmo que têm um potencial restaurativo do meio ambiente”, explicou o estudante. Segundo Rafael, este eixo está alinhado com a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), do governo federal, que é um sistema de classificação que define quais atividades econômicas são sustentáveis.

Neste ano não aconteceram debates sobre problemas sustentáveis regionais, mas sim abordagens sobre temas que devem ser discutidos na Conferência Nacional, que acontecerá entre os dias 6 e 9 de maio em Brasília. Tendo isso em vista, Rafael comentou que um dos pontos mais importantes, que serão apresentados, é a Adaptação Baseada em Ecossistemas (ABE), que são estratégias de gestão de ecossistemas que auxiliam no enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas. “Portanto apresentamos questões que beneficiam o ambiente costeiro como um todo e não somente o paranaense”, esclareceu.

Rafael também foi escolhido para compor a delegação estadual que participará da Conferência Nacional, portanto será responsável por levar as proposições à frente. Em sua concepção, “foi muito significativo poder participar da etapa estadual e representar o litoral, mas será muito mais gratificante estar à frente do estado. Foi um espaço de aprendizado, rico e muito importante e espero que possa se ampliar ainda mais na próxima etapa”, destacou.

A dissertação de Rafael trata a relação entre ciência climática e instâncias de governança local, a partir do Instituto Ecoe, o qual é presidente. Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o mestrando comenta que sua atuação na pesquisa, no instituto e nas conferências estão interligadas. “O nosso objetivo, primeiramente, é poder usar esse repertório que a gente veio construindo ao longo da existência do Instituto”, explica Rafael ao comentar como aplica sua pesquisa e campanhas desenvolvias no instituto, nesses eventos ambientais.