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Projeto de União da Vitória recebe moção honrosa em reconhecimento à ação junto a crianças vítimas de enchente

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por Denise Ligmanovski publicado: 06/05/2024 17h45 última modificação: 06/05/2024 17h45

O projeto de extensão “Senta que lá vem a História”, do colegiado de Pedagogia, do Campus de União da Vitória, recebeu o título de Moção Honrosa em reconhecimento à ação desenvolvida durante a enchente do Rio Iguaçu que assolou a cidade de União da Vitória, em outubro de 2023. Na ocasião, as contadoras de histórias do projeto iam principalmente até as escolas que foram utilizadas como abrigos e faziam uma sessão de contações.

O recebimento da Moção Honrosa foi uma solicitação do professor Everton Crema, do colegiado de Pedagogia, e o requerimento foi de autoria da vereadora Thays Bieberbach.

Segundo a coordenadora do projeto, professora Claudia Maria Petchak Zanlorenzi, a ideia partiu da contadora Tainá Lamera que estava desabrigada e vendo a tristeza das crianças abrigadas, sugeriu a ideia para o grupo que imediatamente aderiu à iniciativa.

“Nessa mesma época, o Ministério Público solicitou ao campus a possibilidade de realizar atividades recreativas nos abrigos e o projeto então se prontificou. Um representante do Ministério Público acompanhava as contadoras nesta ação, constituindo-se, portanto, em uma atividade conjunta entre Unespar - Campus de União da Vitória e Ministério Público”, explica.

De acordo com a professora, receber a moção honrosa “é de extrema importância para o projeto que desde 2018 encanta as crianças com o simples fato de contar histórias, bem como é o reconhecimento da dedicação das contadoras de histórias, estudantes de Pedagogia, que não medem esforços para proporcionar a disseminação da arte de contar histórias com maestria, carinho, afeto e compromisso ético com a sociedade.”

Para Claudia, o ato de receber a moção, “não é apenas uma formalidade, mas a demonstração que resistir e lutar contra as diversas adversidades, como por exemplo a enchente, pode ser feito também por meio da fruição da literatura”, acredita.

O projeto conta com a co-coordenação das professoras Andreia Bulaty e Magda Branco. O púbico-alvo são alunos das instituições de ensino na faixa etária de 4, 5 e 6 anos, preferencialmente. Todavia, as contações podem ser agendadas para alunos dos anos iniciais.

O objetivo do projeto é possibilitar aos alunos dos centros municipais de educação infantil dos municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC) o acesso à literatura infantil, a partir das narrativas orais de histórias e, consequentemente, auxiliá-los no desenvolvimento da linguagem. Outrossim, o projeto visa proporcionar aos estudantes de Pedagogia espaço onde possam desenvolver ações integrando extensão, ensino e pesquisa, visando a melhoria de sua formação acadêmica.

Quanto à metodologia utilizada, consiste na preparação da equipe, a partir da literatura especializada, como também em sínteses escritas e reflexões dos textos, elaboração do planejamento das ações, como a seleção de histórias, visando atender aos vários públicos de faixas etárias diferentes e elaboração de livros das histórias contadas para serem doados às instituições.

Outro momento é a efetivação da contação de histórias com as seguintes ações: agendamento com as escolas e apresentações das contações de histórias nos Centros Municipais de Educação Infantil. No ano de 2024, foi feito um trabalho coletivo com o Laboratório de Ensino e Brinquedoteca do Curso de Pedagogia.

Por fim, a última etapa ocorre na avaliação da contação realizada com a equipe que é composta por acadêmicos do curso de Pedagogia.

Claudia conclui esclarecendo que contar histórias é fundamental para a efetivação da arte narrativa, da transmissão da cultura, do desenvolvimento da percepção, da sensibilidade e da imaginação criativa. “É uma ferramenta preponderante para o trabalho do professor no que concerne aos conteúdos para o processo de apropriação do sistema de escrita alfabética”.

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