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Unespar tem primeira doutora da área a defender tese sobre educação museal
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A professora Jackelyne Correa Veneza, do curso de Bacharelado em Museologia do Centro de Artes e Museologia, do campus de Curitiba I/Embap, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), foi a primeira doutora da Instituição a defender uma tese sobre educação museal intitulada Educação Museal e Formação Humana: um olhar a partir das Políticas Públicas.
A defesa da tese, que teve como orientador o Doutor Fausto dos Santos Amaral Filho, da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), foi dia 13 de outubro, no formato on-line. Na banca estavam a professora Dra. Neiva Afonso Oliveira, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o professor Dr. Marcelo Miguel Conrado, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as Dras. Josélia Schwanka Salomé e Maria Alzira Leite, ambas da UTP.
“A defesa é importante não só para a área da educação museal que é um tema indispensável para todos os espaços museais, como também, qualifica o corpo docente do curso de Museologia da Unespar”, explica a docente.
Jackelyne esclarece ainda que a investigação se propõe a realizar uma análise qualitativa da função educativa dos museus, com o objetivo de compreender o significado da educação museal e o papel do educador de museu no processo. “A educação museal requer um trabalho interdisciplinar em um espaço de educação não formal, associado a um ambiente repleto de informações, cultura e múltiplas dimensões de atuação, de discussões conceituais e reflexões sobre o processo educativo”, acrescenta.
Ela aprofunda contando que “o que mais se evidencia na educação em museus são os caminhos a serem percorridos para tornar as ações educativas fontes inesgotáveis de fortalecimento da função social da instituição à qual o processo educativo está atrelado.”
Para Jackelyne, os museus configuram-se como “ambientes privilegiados de aprendizagem informal, onde o público pode interagir, vivenciando experiências culturais enriquecedoras. Para tanto, é necessário que as atividades sejam devidamente organizadas e conduzidas por educadores capacitados, de modo a possibilitar um diálogo profundo entre o público e os acervos.”
Pensar em educação museal e na formação de seus educadores “implica em refletir e debater tanto a profissionalização dos que já atuam nos espaços, quanto a necessidade de programas de formação inicial e continuada”, defende a docente.
Na opinião da doutora, se trata de criar um movimento “que leve não só à reflexão sobre a formação necessária, mas também à valorização do profissional e da sua formação em exercício, da qual a primeira não se desvincula, contribuindo, assim, para a construção de uma possível pedagogia do museu, que invista nas especificidades, no conhecimento do patrimônio cultural a que precisa se dedicar, aos elementos constitutivos dos espaços museológicos e, principalmente, na elaboração de um projeto de difusão do conhecimento por meio das ações educativas, capaz de fortalecer a identidade cultural e científica de nossa sociedade”, conclui.
 
                



 
                         
                                     
                                    