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Projeto da Unespar de Paranaguá vai pesquisar moluscos utilizados como alimento no Litoral

por Paula Fernandes publicado 11/06/2020 10h02, última modificação 11/06/2020 10h02

Um projeto desenvolvido pelo campus Paranaguá da Universidade Estadual do Paraná recebeu financiamento da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná em parceria com a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Trata-se do projeto Biologia e Etnociências: o que sabemos sobre os moluscos bivalves explorados no litoral do Paraná?, desenvolvido pela professora Yara Aparecida Garcia Tavares, do curso de Biologia.

A proposta visa fomentar conhecimento acadêmico na forma de material que possa ser divulgado para a comunidade em geral e para os acadêmicos, inclusive de outras instituições. Com duração de três anos, a pesquisa vai envolver estudantes da Unespar e parcerias. Os pesquisadores estudarão os moluscos bivalves, que são animais invertebrados aquáticos que são utilizados na dieta complementar do litoral. Exemplos são os mexilhões, ostras, bacucus e berbigões. “Recursos vivos renováveis e economicamente exploráveis”, explica a professora, que lembra que a extração tem importância econômica, particularmente no litoral.

As ações da proposta pretendem atingir atores variados, como corpo técnico de instituições governamentais, acadêmicos e pós-graduandos das áreas das Ciências da Natureza, profissionais de áreas afins, associação de pescadores e maricultores e sociedade em geral.

Yara já estuda esses organismos há anos e, ao orientar os estudantes em seus trabalhos de conclusão de curso acerca do assunto, percebeu que a extração desses moluscos é gigantesca. Ela também destaca que, apesar de serem utilizados como complementação da dieta da população litorânea, não são muito encontrados em feiras livres e peixarias. “Ficamos pensando para onde vão esses recursos”, justifica.

A professora comenta que retirar essas espécies da natureza sem conhecer a biologia desses grupos é um risco. “É um problema comprometer os estoques populacionais sem ter um conhecimento prévio”, salienta. Para ela, receber o fomento é, também, reconhecer o quanto esses recursos são explorados e essa atividade econômica é de relevância, mesmo que pouco se conheça sobre eles.

Com o desenvolvimento do projeto, a partir do segundo ano, serão feitas duas cartilhas sobre as espécies de moluscos comercialmente exploráveis, contendo um conhecimento da biologia básica na tentativa de popularizar esse conhecimento acadêmico para a comunidade. As cartilhas serão produzidas em formato digital e impresso, para amplificar a divulgação. Com o material pronto, algumas capacitações com os agentes do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) serão realizados, para que possam transmitir esse conhecimento aos pescadores.

Ao final do projeto, duas exposições serão organizadas, uma itinerante, destinada às escolas e comunidade, e outra sobre a arte da pescaria desses recursos, que será realizada no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

Parcerias

Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (CEPED) – órgão ligado à reitoria da Unespar; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Laboratório de Moluscos Marinhos, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR; e Emater.

 

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